A Biblioteca Escolar, em articulação com os professores de Português, incentivou os alunos do 3º ciclo a participar no Concurso FAÇA LÁ UM POEMA, promovido pelo Plano Nacional de Leitura e os CTT - Correios de Portugal, com a intenção de incentivar o gosto pela leitura e pela escrita de poesia.
Dos dezassete poemas produzidos pelos alunos, a equipa da biblioteca escolar selecionou três (o número máximo estabelecido pelo regulamento) que foram submetidos a concurso.
A Estrela Polar
Na escura
noite entreabre os olhos a estrela,
Acorda sempre
na mesma escura tela,
Abre os seus
pequenos olhos e pisca,
Enquanto uma
cadente o espaço risca.
Não se mira
ao espelho, mas sabe-se bela,
Muitos
marujos se orientaram por ela,
Pois no mesmo
lugar do céu cintila
E seu
luminoso olhar, ao longe, brilha.
Cruzando o
equador no profundo mar,
Fixamos esta
luz no horizonte,
Segui-la é
como atravessar a ponte.
Navegantes
beberam desta fonte
E na
esperança de a casa poder chegar,
Guiaram seus
barcos p`la Estrela Polar.
Vicky, 7º ano
Variações sobre «Amor é fogo que arde sem se ver»
O Amor é espada que não esventra,
É acertar nas escolhas erradas,
É dar tudo em troca de nada,
É concentrar-se no que desconcentra.
O Amor é luar ao entardecer,
É barco que navega em terra,
É tesouro que não se desenterra,
É ver o invisível desaparecer.
O Amor é calor que arrepia.
É romantizar o trágico.
É achar simples o mágico.
É tudo ter e ainda me sentir vazia.
Viky Lu, 9º ano
Variações sobre «Amor é fogo que arde sem se ver»
Amor é flor que não floresce,
É uma rosa sem espinhos,
É mimar sem dar miminhos,
É fogo que não aquece.
É andar triste e sorrir,
É caminhar e estar parado,
É correr sem se ficar cansado,
É ser-se verdadeiro e mentir.
É algo forte sem ter peso,
É dar e dar sem receber,
É amarrado estar e não ser preso.
Ó sentimento contraditório,
Serás sorrir, serás sofrer?
Ou és viver em vão velório?
Marga Mada, 9º ano
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