terça-feira, 30 de junho de 2020

Violência no Namoro


Os seguintes textos dramáticos abordam a violência no namoro e foram elaborados no âmbito do DAC - Parlamento dos jovens, cujo tema é a violência doméstica. A professora Carla Gago foi a responsável pela dinamização deste projeto nas turmas do 2º ciclo.




ATO 1

Cena 1
Este ato é passado numa praia, calma, com poucas pessoas, o clima é quente e o céu está limpo. Como personagens temos duas jovens, Alice e Teresa. Alice é uma rapariga ciumenta e muito teimosa, enquanto que Teresa é uma rapariga simpática e facilmente manipulável. Elas estão deitadas nas suas toalhas a conversar, em cena está um pano azul a fazer de água. Alice usa um fato-de-banho roxo e Teresa um amarelo.

ALICE: Ontem, estava eu na casa do meu namorado e enquanto ele ia à cozinha buscar-me um copo de água, o seu telefone começou a receber muitas notificações. Peguei nele para ver o que era, e encontrei mensagens de uma tal de Gertrudes.
Teresa interrompendo-a: Isso é errado. Gostavas que te fizessem isso?
Alice demora um pouco para pensar numa desculpa: Eu juro que não queria, mas fui obrigada, precisei de ver as horas…
Teresa: Humm… ok.
Alice: Continuando, vi o histórico das mensagens e a Gertrudes, enviou-lhe, «A minha vida teve muitos momentos inesquecíveis, mas, nenhum tão inesquecível quanto, o momento em que te conheci, querido, e posso mesmo dizer-te que a minha vida mudou para sempre».
Teresa admirada: Eu conheço o Miguel muito bem, ele nunca te trairia.
Alice: O pior é que eu fiquei com o número da Gertrudes e perguntei-lhe, por mensagem, o que significava o Miguel para ela.  Ela respondeu-me «Ele para mim é tudo».
Teresa: Custa-me a acreditar nisso.


Cena dois

Entra em cena Miguel e uma rapariga, estão os dois de mãos dadas. Miguel, um rapaz alto e com um ar tranquilo e com uns olhos sorridentes.  Usa uns calções de banho verdes.
Alice vendo os dois a passar, repara que se aproximam e sussurra: Vês aquela ali? Deve ser a Gertrudes.
A rapariga que acompanhava o Miguel, diz alguma coisa que não se percebe e vai embora, Miguel continua a andar até que viu as duas meninas e vai ter com elas.
Miguel enquanto estende a toalha e se senta: Olá! Acho que cheguei um pouco tarde, tive visitas.
Teresa cheia de raiva: Que descarado depois do…
Alice interrompendo a Teresa: Olá! Não ligues à Teresa, está chateada porque estamos aqui há muito tempo à espera e já é meio dia e trinta…
Miguel: Ok… Vou molhar os pés, querem vir?

Alice: Não, nós ficamos.

O rapaz afasta-se e vai para perto do pano que faz de água.
Teresa não percebendo o que aconteceu: Como ficaste assim, sabendo que ele te traiu?
Alice: Ainda não chegou a oportunidade….
Miguel volta para perto delas
Alice olhando para Miguel: Gosto mesmo desses teus calções deves e tens que usá-los sempre. 
Miguel: Obrigado. Também é giro o teu fato-de-banho e fica-te muito bem.
Teresa preocupada: Tenho de ir embora, prometi à minha mãe que ia para casa ao meio dia e meia.
Alice e Miguel: Rápido faltam dez para a uma.
Teresa vai embora a correr com a sua toalha na mão. A meio do caminho cai, levanta-se e sai de cena envergonhada.[1] 

Cena três

Miguel: Está a fazer-se tarde acho que também vou embora, vens?
Alice: Sim
Miguel: Queres que te acompanhe a casa?
Alice: Pode ser.


ATO 2

Cena 1
Quando chegaram da praia, Alice convidou Miguel para ficar um pouco. Este ato decorre na sala em casa de Alice. Estão os dois sentados num sofá.
Miguel: Hoje vou sair com os meus amigos.
Alice: NÃO!!! NEM PENSAR!!! DE CERTEZA QUE A TUA AMIGUINHA Gertrudes TAMBÉM VAI!!! PÕE-TE NA RUA! Empurra Miguel para fora de casa e fecha-lhe a porta na cara.
Ouve-se o som da campainha durante muito tempo até que Alice abre a porta.
Miguel: Gertrudes?
Alice: Ah sim! Não te faças de aleijado e de mouco porque sei que me traíste com ela. As mensagens que trocavam, e os passeios de mão dada!
Miguel começa a rir muito: Gertrudes é a minha avó. E aquela rapariga era a visita inesperada, a minha prima Beatriz. Apercebe-se do que ela fez. Espera! O quê? Mexeste no meu telefone? Controlas com quem eu ando na rua, aquilo que visto e ainda por cima não me deixas relacionar com outras pessoas? Não é isso que eu quero de um namoro!!! VIOLÊNCIA NÃO!
Miguel sai aliviado de toda a pressão a que foi sujeito desde o princípio do namoro.


                                                                      Ana Victória
                                                                  6.º E, nº 2








Violência no Namoro

Ato Único


CIÚMES
 No quarto de dormir, estão Carlos e a sua namorada Joana sentados na cama, atrás deles está uma porta, um bengaleiro no lado esquerdo da porta e no canto um armário enorme, com pósteres de uma banda de rock muito conhecida. Eles estão a conversar)


CENA I
Carlos (mexendo no telemóvel) - Ainda não percebi, o que é que o Pedro te disse ao ouvido?
Joana (nervosa, pois apercebe-se que a conversa é séria) – Já te disse que me perguntou pela resposta do exercício que estávamos a fazer.
(Joana além de loira e bonita era inteligente e os colegas passavam a vida a perguntar-lhe as coisas)
Carlos – (gritou Carlos, que era bruto e ciumento. Com a sua aparência de rapaz alto e forte, metia medo à sua própria sombra.) - Ao ouvido? Era preciso colocar os lábios dele no teu ouvido? 
Joana (encolhendo-se) – Não tenho culpa, com certeza não queria que a professora ouvisse!
Carlos – Tu és assim!!! Uma oferecida…. Queres namorar com todos!
Joana – Oh! Carlos, não digas isso, só gosto de ti. 
Carlos (enfurecido) – Já sabes como resolvo isto! – (dá uma valente chapada na Joana, ouve-se o som da chapada) – Ainda te arranco os cabelos e vais ficar feia, ninguém mais vai gostar de ti, pois além de burra serás careca!
Joana – (grita e começa a chorar)


CENA II
(A porta abre-se e aparece a mãe de Carlos, Joana envergonhada sai de cena a correr e a chorar)
Carlos (desculpando-se) – Não lhe fiz nada que não merecesse.
(D. Alice apesar de ser uma mulher pequena e magra, quando “lhe chega a mostarda ao nariz”, transforma-se, e parece que “a casa vai a baixo”.)
D. Alice – (gritando disse) – Carlos, achas que não percebi que a rapariga tinha a cara vermelha e estava a chorar?! Tu bateste-lhe! Atreveste-te a bater numa menina?! - (Carlos esconde-se por trás da cadeira e prepara-se para o raspanete ou para uma grande surra) – Vai a correr chamá-la e trá-la para cá. Vais pedir-lhe desculpa à minha frente.
(Carlos sai de cena a correr)


CENA III
(Carlos traz a Joana pelo braço)
D. Alice – Como te chamas menina?
Joana (respondeu-lhe com medo e confusa) – Joana, Sra. Alice.
D. Alice – Pois bem Joana, o Carlos quer pedir-te desculpa. 
Carlos (contrariado) – Sim é verdade, desculpa, não volto a fazer.
D. Alice – Claro que não voltas a fazer, pois a Joana vai hoje mesmo deixar de namorar contigo, Carlos! Num namoro nenhum dos dois deve sentir-se ameaçado ou forçado. Por isso, quando um rapaz, quer seja meu filho ou não, agride uma menina como tu Joana, ela nunca o deve perdoar. Pelo contrário, deve sair do namoro rapidamente e se possível contar aos seus pais o que se passou e até mesmo falar com o Apoio à Vítima.
Carlos (admirado com as palavras da mãe e cheio de medo) – Oh mãe, eu sou teu filho!
Joana (mais confiante) – D. Alice, obrigada pelos seus conselhos, acho que vou segui-los.
D. Alice – Conta comigo, Joana, o Carlos vai ter o que merece. Uma bela chapada! – (e sem o Carlos esperar, leva em cheio na cara).
(Carlos e D. Alice saem de cena, ficando apenas Joana)


CENA IV
Joana (decidida e motivada dirige-se ao público) - Se tu, aí, sofreres algum tipo de insulto ou algum tipo de agressão fala com os teus pais, professores ou com as autoridades. DIZ NÃO À VIOLÊNCIA. NÃO FIQUES CALADO!


Martim Minas Costa
6.º G, nº 16




domingo, 28 de junho de 2020

A MINHA QUERIDA IRMÃ

Apresentação de trabalhos produzidos pelos alunos do 6º E e 6º G no âmbito da disciplina de Português, sob a orientação da professora Carla Gago.


A minha querida irmã

Eu não gostava de estar sozinho,
Sem um irmão ou irmã.
Vieste completar o nosso ninho,
Como um raio de sol numa fria manhã.

E para te agradecer,
Este poema vou dar.
Mas isso não chega,
Para te recompensar.

Eu dou-te a papa,
Mas só queres maminha,
Enches-me de baba,
És a Miss Fraldinhas.

Ris-te por tudo,
E por nada também.
Estás com o pai,
Mas só queres o colo da mãe.

                                                       Alexandre Caldeira, nº 2, 6.º E





MÚSICA


Música

A música não é feita só para ouvir
É feita para dançar
E também para sentir

Para a música sentir,
É preciso fechar os olhos
E ensinar os ouvidos a ouvir
As notas que saem aos molhos

Existem muitos estilos de músicas
A música clássica e o pop
Ou até mesmo o rock

Quando a música é boa
Ela toca-nos na alma,
Quando ela no ar soa,
É então que me acalma.

                        Camila Dias, nº 3, 6.º E







A música

A música é um barco
Em que eu embarco
Para uma viagem
Ás vezes em mares serenos
Outras em mares agitados
Que me leva pra outras realidades
Que sempre me fazem sorrir!

A música faz-me viajar
Mesmo com os pés colados ao chão!
É como uma fada
que me lançou um feitiço da alegria!

Como um mundo de fantasias
Mas com os melhores sons do mundo!

Joana Costa, n.º 11, 6º G








QUADRAS


O barco

O barco, já partiu!
De vela bem içada
Tomou rumo ao sul
Logo pela madrugada.

Lindo barco de doce navegar
Levas contigo o encanto
Deixas saudades no ar!

                                   Eva Pereira, n.º 5, 6º E





Os Golfinhos


Hoje fui à praia ver o mar
Vi um bando de gaivotas no ar
Elas vinham anunciar
Que estavam golfinhos a chegar

Não era um, nem dois
era uma família inteira
Eles redopiavam e saltavam
Era uma grande brincadeira

Rapidamente deixamos de os ver
Na imensidão do oceano
Mas deu para perceber
Que eles da pandemia não querem saber

                                  Alice Horta, n. º3, 6.º G





QUADRAS

A escola


Toca a campainha
para a aula começar.
Todos os alunos
na sala vão entrar.

A escola é uma casa
onde podemos aprender:
Português, Matemática,
todas as áreas do saber.

Estar com os amigos
também é importante,
fazer trabalhos de grupo
e conviver bastante.

Devido ao coronavírus,
a escola teve de fechar.
Espero que esta doença acabe,
para tudo ao normal voltar.

João Pedro, nº 10, 6º E





QUADRAS

As seguintes quadras foram produzidas no âmbito da disciplina de Português, sob orientação da professora Carla Gago.


A Escola
Faltam apenas 8 dias
Para a escola acabar,
Espero viver muitas alegrias
E em setembro à escola retomar.


Rodrigo Jesus, n.º 19, 6.º G


As Férias

As férias estão a chegar
É um momento de paz e alegria
As preocupações acabam
Até parece magia!

Joana Silva, n.º9, 6.ºE





Verão

O verão chegou
A primavera terminou
A escola acabou
E com esperança ninguém chumbou!


Lia Inácio, nº11, 6ºE


O Verão - 2020

O verão chegou ao Algarve
com dias de encantar,
apesar de haver COVID
não deixaremos de ir nadar!

Martim Costa, n.º 16, 6.º G 





quarta-feira, 17 de junho de 2020

SABICHÕES DA 4






Já podes ler a mais recente edição do Jornal Escolar da EB/JI da Penha Sabichões da 4


terça-feira, 16 de junho de 2020

SER-SE CRIANÇA

A professora Libéria Matos lançou um repto aos alunos no sentido de colaborarem na produção de frases originais para comemorar o Dia Mundial da Criança.


SER-SE   CRIANÇA ...

 É a melhor coisa que a vida nos dá
                         É conhecer, aprender a crescer
 É ser-se brincalhão e ser-se engraçado
                         É brincar, correr e saltar
 É ter liberdade e aproveitar essa sensação boa, que no futuro, se deixa de ter
                         É amar e ser amado
 É ter liberdade para crescer e ser feliz
                         É ser-se sonhador
 É sonhar o dia inteiro
                         É ter a energia constante que se adora
 É  ser-se despreocupado
                         É ter liberdade para descobrir e ser criativo para imaginar
 É navegar nos sonhos
                         É acreditar que tudo é possível, mesmo o impossível
 É olhar o mundo com esperança
                         É acreditar que todos os sonhos são possíveis
 É acreditar que não existem imperfeições
                         É gostar de viver, de sonhar para criar um mundo melhor
 É como ter um planeta novo para criar e construir
                         É uma tela em branco para ser preenchida com a vida
 É ter tempo livre
                         É ter imaginação de criança
 É fazer amigos, apenas com o sorriso que o outro nos dá
                         É poder brincar e esquecer todos os problemas
 É brincar, rir, fazer coisas que gostamos
                         É não ter tantas responsabilidades e ter pessoas que nos ajudam a crescer
 É achar que tudo é possível
                         É gostar de correr e brincar à chuva
 É ir à escola e lá conviver
                         É desfrutar os bons momentos com a família
 É uma fase da vida em que todas as pessoas do mundo passam e, é por isso, que me orgulho  de ser criança
                         É aproveitar enquanto se é, porque um dia, não se vai ser mais
  É a melhor altura para se aproveitar a vida
                  É algo que ninguém se irá esquecer, porque todas as pessoas, um dia, foram também crianças
       

Texto elaborado com frases produzidas pelos alunos
 das turmas 5º C, 5º G, 6º D e 6º F




SER CRIANÇA


No Dia Mundial da Criança a professora Libéria Matos brindou-nos com estes versos dedicados aos mais Pequeninos


Ser Criança ...



É ter o prazer de sujar as mãos na sopa
E não gostar de usar roupa

É gostar de chapinhar na água do mar
E comer areia de cara feia

É sofrer quando nascem os primeiros dentes
E deixar os pais, muito impacientes

É gostar de bater palminhas
E fazer caretas às vizinhas

É ter um mundo em casa para explorar
Mesmo que seja a desarrumar

É puxar o rabo do gato
Para o enfiar dentro do sapato

É rir quando o pai se zanga
E chorar quando ele lhe mostra a pança

É não gostar de ouvir dizer ”NÃO”
Quando a teimosia é mais forte que a razão.

                                                Libéria Matos





segunda-feira, 1 de junho de 2020

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA




We are the world/ Heal the World
Hope Children’s Choir
Música e letra de Lionel Richie e Michael Jackson
❤️🧡💛💚💙💜 ‘We are the world, we are the children We are the ones to make a brighter day so let’s start giving There’s a choice we’re making, we’re saving our own lives It’s true, we’ll make a better day just you and me.. Heal the world, make it a better place For you and for me and the entire human race There are people dying, if you care enough for the living Make a better place for you and for me’

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA




Feliz Dia da Criança!
De forma a celebrar o Dia Mundial da Criança, o Município de Faro presenteia todas as crianças com o lançamento da nova aventura d'Os Farrobinhas: "Uma Aventura em Casa".
Em formato vídeo e livro digital, nesta história, a quarentena também chegou a casa d' Os Farrobinhas