terça-feira, 30 de junho de 2020

Violência no Namoro

Ato Único


CIÚMES
 No quarto de dormir, estão Carlos e a sua namorada Joana sentados na cama, atrás deles está uma porta, um bengaleiro no lado esquerdo da porta e no canto um armário enorme, com pósteres de uma banda de rock muito conhecida. Eles estão a conversar)


CENA I
Carlos (mexendo no telemóvel) - Ainda não percebi, o que é que o Pedro te disse ao ouvido?
Joana (nervosa, pois apercebe-se que a conversa é séria) – Já te disse que me perguntou pela resposta do exercício que estávamos a fazer.
(Joana além de loira e bonita era inteligente e os colegas passavam a vida a perguntar-lhe as coisas)
Carlos – (gritou Carlos, que era bruto e ciumento. Com a sua aparência de rapaz alto e forte, metia medo à sua própria sombra.) - Ao ouvido? Era preciso colocar os lábios dele no teu ouvido? 
Joana (encolhendo-se) – Não tenho culpa, com certeza não queria que a professora ouvisse!
Carlos – Tu és assim!!! Uma oferecida…. Queres namorar com todos!
Joana – Oh! Carlos, não digas isso, só gosto de ti. 
Carlos (enfurecido) – Já sabes como resolvo isto! – (dá uma valente chapada na Joana, ouve-se o som da chapada) – Ainda te arranco os cabelos e vais ficar feia, ninguém mais vai gostar de ti, pois além de burra serás careca!
Joana – (grita e começa a chorar)


CENA II
(A porta abre-se e aparece a mãe de Carlos, Joana envergonhada sai de cena a correr e a chorar)
Carlos (desculpando-se) – Não lhe fiz nada que não merecesse.
(D. Alice apesar de ser uma mulher pequena e magra, quando “lhe chega a mostarda ao nariz”, transforma-se, e parece que “a casa vai a baixo”.)
D. Alice – (gritando disse) – Carlos, achas que não percebi que a rapariga tinha a cara vermelha e estava a chorar?! Tu bateste-lhe! Atreveste-te a bater numa menina?! - (Carlos esconde-se por trás da cadeira e prepara-se para o raspanete ou para uma grande surra) – Vai a correr chamá-la e trá-la para cá. Vais pedir-lhe desculpa à minha frente.
(Carlos sai de cena a correr)


CENA III
(Carlos traz a Joana pelo braço)
D. Alice – Como te chamas menina?
Joana (respondeu-lhe com medo e confusa) – Joana, Sra. Alice.
D. Alice – Pois bem Joana, o Carlos quer pedir-te desculpa. 
Carlos (contrariado) – Sim é verdade, desculpa, não volto a fazer.
D. Alice – Claro que não voltas a fazer, pois a Joana vai hoje mesmo deixar de namorar contigo, Carlos! Num namoro nenhum dos dois deve sentir-se ameaçado ou forçado. Por isso, quando um rapaz, quer seja meu filho ou não, agride uma menina como tu Joana, ela nunca o deve perdoar. Pelo contrário, deve sair do namoro rapidamente e se possível contar aos seus pais o que se passou e até mesmo falar com o Apoio à Vítima.
Carlos (admirado com as palavras da mãe e cheio de medo) – Oh mãe, eu sou teu filho!
Joana (mais confiante) – D. Alice, obrigada pelos seus conselhos, acho que vou segui-los.
D. Alice – Conta comigo, Joana, o Carlos vai ter o que merece. Uma bela chapada! – (e sem o Carlos esperar, leva em cheio na cara).
(Carlos e D. Alice saem de cena, ficando apenas Joana)


CENA IV
Joana (decidida e motivada dirige-se ao público) - Se tu, aí, sofreres algum tipo de insulto ou algum tipo de agressão fala com os teus pais, professores ou com as autoridades. DIZ NÃO À VIOLÊNCIA. NÃO FIQUES CALADO!


Martim Minas Costa
6.º G, nº 16




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